sexta-feira, 17 de agosto de 2007

BAR KRIADO - QUANDO HAVIA INTELIGENCIA NA MADRUGADA

Bar Kriado, o point mais badalado por gente bonita, elegante e inteligente nas noites blumenauensesn nos idos anos 80 e 90.
Descompromissado com as frivolidades, o ambiente era simples, muitas vezes improvisado para acomodar uma obra de arte de artistas locais, como Guido Heuer, César Otacílio, Roi Kellermann, entre tantos outros, ou um valral de poesias de Lindorf Bell e as charges apimentadas de Cau Hering...sem falar na música!!
Ah a música!!!

8 comentários:

Unknown disse...

conheci o Kriado com 16 anos, pois meu irmão era membro, e tenho a ideia de montar um igual algum dia. Era o o modelço ideal de discontração e privação que queremos. Nunca encontri lut+r igual. Não existe no Brasil, pois percorri cada km desse chão.
Explendido era esse Kriado Bar. (e tinhaat´uma camisa personalzada que meui irmão não me deu)...

Unknown disse...

FOI NO ANO DE 1979 QUE TUDO COMEÇOU - Localizado em uma casa típica enxaimel numa das principais ruas na época do centro de Blumenau, a KI KRIEI Galeria de Artes e Artesanato nascia com uma proposta diferenciada. Instalada no porão de uma casa centenária, com pilares de tijolos maciço da época, vigas falquejadas no enxó, tinha um local diferenciado para as atividades que se propunha. Blumenau nos anos 80 tinha um grande fluxo de turistas. Argentinos aproveitavam para comprar produtos brasileiros, pois o cambio assim o permitia. O clima era de festa, a cidade recebia grande numero de ônibus que congestionavam a Rua XV. Lojas tradicionais ficaram conhecidas em todo Brasil. Blumenau era um destino turístico dos mais procurados.
AS ENCHENTES - Durante quatro anos a cidade sofreu com as cheias do Rio Itajaí Açu, nesse período sofremos mais de uma dezena de enchentes pois ficávamos localizados numa região atingida pelas águas. Em 1983 a cidade sofreu uma enchente devastadora, o nível do rio atingiu uma marca que não poupou a cidade. A Loja matriz localizada na Rua Alvin Scharader, 137 bem como a filial na Beira Rio ficaram sob as águas. Toda a cidade sofreu, mas o espírito empreendedor do povo Blumenauense sobreviveu aquela catástrofe. Em 1984 novamente o Rio invadiu a cidade com o nível das águas atingindo altura superior a enchente passada.
AS PERDAS - Situação critica,estávamos falidos.Tínhamos perdido tudo.Inclusive nossos pertences pessoais.Tempos de desafios e grandes lutas pela sobrevivência.
FENIX - Estávamos bem localizados, em uma casa linda, autentica, com um porão maravilhoso, e aceitando sugestões, nascia em Outubro de 1984 o BAR KRIADO.
BAR KRIADO DA KI-KRIEI - passados nove anos, em 1993 foi vendido e todos nós clientes, funcionários, músicos, fornecedores, daquela época fomos sem duvida responsáveis pelos anos de sucesso do Bar.

Unknown disse...

TUDO RECOMEÇOU EM 1984
O Porão da casa tinha sido uma fabrica de urnas mortuárias, estava abandonado, sujo de lama das enchentes, enfim um local insalubre mais muito bonito que foi recuperado para as instalações da Ki Kriei.
Depois das enchentes de 1984 ,aceitando sugestões e também por necessidades financeiras, resolvemos transferir o que restou da loja para a parte superior, e deu-se o inicio das atividades do BarKriado. Foi um aprendizado fazer funcionar um ambiente totalmente novo e que também buscava um diferencial. Na realidade a proposta não era somente um bar, mas tínhamos um restaurante atípico para uma cidade de cultura alemã, dentre outras coisas, no cardápio constava Sopa de Siri, Pirão com lingüiça peixes e diversos acepipes. Para atrair nova clientela, oferecíamos gratuitamente aos funcionários das agências bancarias da cidade ,nossa Sopa servida até as 20,00 horas não incluindo a bebida.Foi um sucesso, e começamos diversas atividades culturais naquele espaço simples,decorado de forma rústica e que estava tendo um divulgação muito grande boca a boca.A musica ao vivo iniciou de forma amadorística, vindo os amigos participarem cantando e tocando violão. Raymundo Kellermann, Horácio Brau, Peninha, Janara, Marinho (Nativo da Praia de Bombinhas) foram os pioneiros. Cada Semana tínhamos uma novidade na casa como exposições de artes plásticas, fotográficas e tantas outras. Uma que marcou foi arte gráfica de caixas de embalagens feitas pela Impressora Paranaense nossa vizinha na época, muitos artistas plásticos contribuíram com seus trabalhos; nas mesas a revista antiga Grande Hotel fazia sucesso.Os clientes foram ficando e trazendo mais gente para aquele ambiente. A casa funcionava de segunda e sexta feira, com horário previsto das 18,00 às 01,00 hora,mas foram muitas, as noites além disso. O perfil dos clientes era muito diversificado, artistas, jornalistas, e boêmios juntos com profissionais liberais tornavam aquilo tudo espetacular e popular. O publico se identificava com a música oferecida, enfim todos contribuíram para um local que sem dúvida marcou por um bom tempo a noite de Blumenau. Foi durante esses quatorze anos, até ser vendida em 1993 em pleno sucesso ,que criei e administrei com muito carinho aquela casa.

Unknown disse...

MOMENTOS VIVIDOS- Recordar fatos que aconteceram naqueles tempos e deixar registrado em nossas lembranças.
-Faço um elogio ao amigo DORVA, que por anos foi um dos músicos que mais se apresentou . Pessoa de boa índole esse capixaba que descobriu Blumenau, ali casou , constituiu família e que soube fazer amigos fraternos. Era admirado pelo seu repertório e seu cantar. Um dia um cliente casual pediu que mudasse a musica e sugeriu uma que não fazia parte do seu repertório (Sertaneja).Dorva cantou PALPITE INFELIZ de Noel Rosa demonstrando uma fina ironia e ter um gosto refinado para a musica,sem duvida o que de melhor a MPB fez,DORVA cantou.
RAIMUNDO KELLERMANN, jornalista, musico foi muito importante na fase inicial da casa. Era época do l Rock in Rio, e lembro que no repertório dele cantava James Taylor com muita competência. Trabalhou no JSC,foi baterista do s Bananeiras nos anos 60,um rebelde consciente e carinhoso.Cantava numa mesa junto com os amigos e com um pequeno microfone sintonizado em freqüência FM fazia um som fantástico.Passados alguns anos fui pessoalmente visitá-lo em Timbó levando aquele pequeno objeto como lembrança da nossa amizade.Tudo muito amador mais com grande qualidade.BODE, como era conhecido foi muito querido pelos amigos.Apesar de não estar mais conosco , nos deixou boas lembranças.
LAURO LARA - foi uma pessoa que contribuiu na historia da Ki-Kriei e do Bar, trabalhou como jornalista junto com o colunista Carlos Muller, participou da vida social de Blumenau na época. Foi muito popular em seu tempo, ajudou muito na divulgação da casa.Nos deixou boas lembranças.
NIKA– tendo faltado nossa cozinheira, estávamos com dificuldade em encontrar um substituto e por indicação do Bode, veio para junto de nós nosso querido Nika. Seria curta sua temporada, mas ficou conosco um bom tempo.Pessoa calma,concentrada ,correta e competente.Quando se desligou da casa para seguir sua vida, na despedida me fez passar por uma forte sensação de perda.Valeu NIKA.
Na cozinha trabalharam Dona NEVES, Dona NEUSA ,Sr HARRY.
TERESA - foi a que mais tempo permaneceu conosco iniciou na Ki Kriei e posteriormente ficou participando das atividades do Kriado .Hoje a consideramos da família.
VALMIR – era querido pelos clientes e competente. Tinha o apelido de Magro foram anos dedicados a servir .Teve passagens hilárias junto aos clientes.Ajudou a construir o sucesso do Bar.Quando se desligou foi uma grande perda.Tinha grande paixão por aquilo tudo.
PEDRO, NILO,SERGINHO ,EGON,QUINHO ,MARCELO ,TIÃO,OSVALDO , todos participaram da historia do Bar.
Muitas pessoas não foram citadas ,mas vamos poder construir um relato com a participação dos clientes que vivenciaram aquela época, historias hão de aparecer,causos hilários e engraçados sem duvida.Estamos pois iniciando uma estória daquela história.
AGOSTO 2007 - Ney

CICLISMO de estrada disse...

Então grande Ney!!! Conversando com gente boa, O professor da Ciência Política da Furb, o Dr. Marcos Mattedi, mostrou-se interessado em fazer uma análise sociológica e interferências nas mudanças de hábitos culturais da Blumenau das décadas de 80 e 90. Evocando reminiscências, o assunto se deflagrou igualmente nos modos como se fazia no Kriado: BEBENDO!!
Pra não desperdiçar tamanha energia e oportunidade, sugiro estabelecermos proximidade pra ver isso como um fato consumado. Um trabalho sério resumido em um livro. Que todos possam prestar sua colaboração. Postem seus comentários!!!

Reni Martins disse...

De fato, o Bar Kriado era ímpar. Quando músico, tive o privilégio de lá trabalhar em muitas oportunidades. O público era de alto nível, de bom gosto musical e havia uma troca de energia entre nós, no palco, e os frequentadores. Sinto saudades, precisamos de ambientes como aquele hoje no Vale do Itajaí.

Carla disse...

OBA O BAR KRIADO,
O Kriado foi criado para oportunizar a arte, o artista e os amigos da arte e dos artistas. Os artistas apareciam de todo lugar. Artistas plásticos vinham com o seu trabalho debaixo do braço, passavam por Osvaldo Montenegro na porta e, você dividia a mesa para um bate-papo com Sá e Guarabira ao som alternativo do primo Morcegon e do amigo da facul. Dorva, entre outras figuras. Ali nós encontrávamos as pessoas conhecidas e tantos amigos também conhecemos. Enquanto isso, o Ney fazia exposições, comercializava ou arrematava as nossas obras numa pindureta.
Falar do Kriado é lembrar de um tempo muito saudável que surgiu com criatividade de saber agregar pessoas de uma forma muito legal.
CARLALMEIDA

CICLISMO de estrada disse...

Achei uma camiseta do bar kriado depois de 15 anos. Maravilha!!!